Visite tambem o novo Blog.

Visite tambem o novo Blog Relembre os acontecimentos dos anos 80 a 2000 : http://www.yzbrasil.blog.br/

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Carmem Miranda - ùltima participação em filme- 1953





CARMEN MIRANDA

Biografia da atriz luso-brasileira Carmem Miranda
Carmen Miranda foi uma das maiores artistas de nossa história, mas na verdade não era brasileira. Nasceu no dia 9 de fevereiro de 1909, em Portugal.

Início:

Seu nome de batismo é Maria do Carmo Miranda da Cunha. Seu pai, José Maria Pinto da Cunha, ganhava a vida como barbeiro, e sua mãe, Maria Emília Miranda da Cunha, ajudava nos afazeres domésticos.

Carmen teve cinco irmãos: Olinda (1907), que também nasceu em Portugal, Mário (1911), Cecília (1913), Aurora (1915) e Oscar (1916), que nasceram e foram criados no Rio de Janeiro. A família se mudou para o Brasil quando Carmen tinha apenas 10 meses de idade.

Com sete anos de idade, Carmen foi matriculada no colégio Santa Teresa, na Lapa, fundado para atender as crianças pobres das redondezas. Quando tinha 14 anos, sua irmã Olinda pegou tuberculose e como os gastos com o tratamento eram muito altos, começou a trabalhar em uma loja de gravatas para ajudar nas despesas.

Depois desse emprego, ela foi trabalhar em uma loja de moda, La Femme Chic, onde aprendeu a modelar chapéus. Em pouco tempo, passou a trabalhar por conta própria e o negócio chegou a ser tão lucrativo que seu irmão Mário largou o emprego para se dedicar à entrega dos chapéus que Carmen fazia.

A artista:

Em 1926, com 17 anos, já pensava em fazer cinema e se apresentava em festas em casas de família, além de participar como figurante em algumas filmagens.

Em 1928, o deputado baiano Aníbal Duarte, que almoçava na pensão dirigida por Maria Emília Miranda, apresentou Carmen a Josué de Barros. Josué trabalhava na Rádio Sociedade Professor Roquete Pinto e levou Carmen para atuar na emissora. Ele queria ouvir sua voz em disco, então a apresentou ao diretor da Brunswick, e em 1929, ela gravou sua primeira música: Não vá simbora, com autoria de Josué.

Carmen foi então apresentada ao diretor da gravadora RCA Victor, onde ela iniciou sua carreira gravando Dona Balbina e Triste Jandaia. Meses depois foram lançadas as musicas Barucuntum e Iaiá Ioiô.

O famoso compositor e médico Joubert de Carvalho escutou em disco Carmen cantar a música Triste Jandaia enquanto passava pela Rua Gonçalves Dias, ponto de encontro de músicos e compositores, e insistiu que alguém o apresentasse à cantora. Coincidentemente, Carmen apareceu por lá naquela hora. Feitas as apresentações, Joubert revelou que queria escrever algo especial para ela. Ele compôs a música ‘Taí’ com a marcha-canção ‘Pra Você Gostar de Mim’. A música foi um sucesso e o disco vendeu 35 mil cópias no ano de lançamento, recorde para a época, e o famoso guaraná Taí recebeu esse nome por causa da canção.

No dia 1º de agosto de 1930, Carmen Miranda assinou contrato com a RCA Victor por dois anos, com todos os direitos exclusivos, até mesmo o uso de sua imagem na propaganda e divulgação de discos. No dia 13 de setembro do mesmo ano, Carmen estreou na peça Vai Dar o Que Falar. A peça recebeu duras críticas dos jornais do dia seguinte, poupando apenas a performance de Carmen e do ator Raul Veroni.

Em 1932, Carmen estreou em seu primeiro filme ‘O Carnaval Cantado no Rio’. Em agosto de 1933, a cantora assinou um contrato de dois anos com a rádio Mayrink Veiga, e foi nessa época que ela recebeu o apelido de “A Pequena Notável”.

Entre fevereiro e julho de 1935, Carmen estava nas telas com dois novos filmes: ‘Alô alô Brasil!’, junto com sua irmã Aurora, e ‘Estudantes’. Neste último filme, a cantora marcou sua estréia como atriz, pois suas aparições não se limitavam mais a números musicais cantados ao microfone.

Entre a estréia de um filme e outro, Carmen iniciou um contrato milionário com a gravadora Odeon e viajou para Buenos Aires. Em janeiro de 1936, Carmen atuou no Cassino Copacabana com enorme sucesso e estreou seu quarto filme ‘Alô Alô Carnaval’ junto com sua irmã Aurora.

No dia 1º de dezembro de 1936, Carmen estreou na rádio Tupi, que a tirou da Mayrink Veiga com um contrato milionário, e a tornou a cantora de rádio mais cara do Brasil.

Em 10 de fevereiro de 1939, Carmen estreou em seu sexto filme, ‘Banana da Terra’, e pela primeira vez usou o traje de baiana que imortalizaria a música de Dorival Caymi, O Que É Que A Baiana Tem?, incluída no filme.

No mesmo mês a campeã de patinação Sonja Henie e o produtor teatral Lee Shubert desembarcaram no Rio de Janeiro. Ambos foram ao Cassino da Urca assistir ao espetáculo de Carmen Miranda com seu traje de baiana, e se encantaram com ela. Sonja então lhe fez o convite para atuar na Broadway. O contrato inicial com Shubert era de oito semanas para um musical da Broadway, ‘Streets of Paris’, composto por diversos quadros de diversos países.

No dia 29 de maio, ela fez seu primeiro contato com o público americano e foi um sucesso. Carmen caiu no gosto do povo que simpatizou com seu sotaque e pronúncia errada da língua inglesa. Em pouco tempo, a ‘Pequena Notável’ estava nos principais jornais e revistas dos EUA.

Em 1940, a 20th Century Fox se aproximou de Carmen e a convidou para filmar o filme ‘Down Argentine Way (Serenata Tropical)’. O filme foi muito criticado no Brasil e proibido na Argentina por colocar o país em uma situação ridícula, mas para o público americano, foi um sucesso.

A Fox preparava um novo filme para Carmen: ‘That Night in Rio (Uma Noite no Rio)’. Estreou em 1941 e ficou famosa a cena em que Carmen canta Chica, Chica, Boom, Chic. No mesmo ano, chegou às telas o filme ‘Weekend in Havana (Aconteceu em Havana)’. E os sucessos foram se somando.

Em 1942, fez ‘Springtime in the Rockies (Minha Secretária Brasileira)’, onde canta a famosa música O Tique Tique Taque Do Meu Coração; Em 1943 filmou ‘The Gang´s All Here (Entre A Loura E A Morena)’. Em 1944, três novos filmes: Four Jills In A Jeep (Quatro Moças Num Jipe); Greenwich Village (Serenata Boêmia); e Something For The Boys (Alegria, Rapazes!).

Em 1945, logo que terminou a Segunda Guerra Mundial, estreou o filme ‘Doll Face (Sonhos De Estrela)’. No ano seguinte fez ‘If I´m Lucky (Se Eu Fosse Feliz)’. Este foi seu último filme para a 20th Century Fox.

Em 1947, trabalhou para a United Artists e estreou no filme ‘Copacabana’, cantando a famosa canção Tico-Tico No Fubá. Durante as filmagens, conheceu David Alfred Sebastian, com quem se casou no mesmo ano.

Em 1948, a Metro-Goldwyn-Mayer lançou ‘A Date With Judy (O Príncipe Encantado)’, onde atua ao lado de Elizabeth Taylor. Em 1950, Carmen estreou o filme ‘Nancy Goes To Rio (Romance Carioca)’, em que aparece com seu famoso turbante com sombrinhas de frevo estilizadas.

Em 1953, Carmen fez seu último filme, ‘Scared Stiff (Morrendo De Medo)’, em que contracenou com a dupla Dean Martin & Jerry Lewis e Dorothy Malone.

Fim de carreira e problemas de saúde:

A partir dos meados da década de 40, Carmen passou por uma maratona de shows em todos os EUA e vários países do mundo. Devido ao estresse e conflitos íntimos com o marido, passou por uma fase de depressão aguda e chegou a fazer vários tratamentos de choque elétrico.

Chegaram à conclusão que uma viagem ao Brasil poderia lhe fazer bem. A “Pequena Notável” voltou ao Rio de Janeiro depois de 14 anos. Ela permaneceu durante 49 dias longe do público e aos poucos foi melhorando. Passou a atender a convites para se apresentar, e o primeiro foi de Grande Otelo, seu parceiro no Cassino da Urca.

No dia 4 de abril, Carmen voltou aos EUA, onde vários compromissos já a esperavam. O primeiro deles foi a inauguração do famoso cassino em Las Vegas, New Frontier. Logo depois, viajou para Cuba, onde pegou uma forte bronquite.

Sem ter se recuperado totalmente, participou das gravações de um show para televisão com o cômico Jimmy Durante. No dia da gravação, em 5 de agosto de 1955, sentiu uma forte tontura e caiu de joelhos. À noite, ela havia marcado uma reunião em sua casa para comemorar o sucesso do programa. Por volta das duas da manhã, Carmen pediu licença aos convidados e subiu. Ela teve um ataque cardíaco e faleceu enquanto tirava a maquiagem. David a encontrou caída no banheiro.

A família decidiu realizar seu enterro no Brasil, e seu corpo foi sepultado no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, no dia 13 de agosto de 1955. Os pertences da “Pequena Notável” foram doados pelo marido e pela família ao Museu Carmen Miranda em 1956, porem, o museu só foi inaugurado no dia 5 de agosto de 1976, no Rio de Janeiro.

http://www.presenteparahomem.com.br/carmen-miranda-biografia-da-atriz-e-cantora-historias-vida-e-musicas-da-pequena-notavel/

Nenhum comentário: