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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Lembranças dos circos antigos.



Outro dia, minha querida amiga, Márcia Rodondo, tambem de nossa inesquecível Catanduva, hoje morando em Santa Catarina, comentou que foi ao circo.

Senti uma grande  saudade dos meus tempos de criança, quando ia ao circo de lona instalado ás margens do rio São Domingos. Recordo-me com ternura daquela criança que fui, na fila, com o coraçãozinho cheio de alegria e expectativa para ver palhaços, trapezistas, chipanzés andando de bicicleta e o elefante tão grande!





Naquela época, desconhecia a maldade humana utilizada para treinar e condicionar os animais atores do circo e o sofrimento físico por que passavam para propiciar alegria e risos ao público.
O uso de animais para entretenimento é muito controvertido e em alguns locais
já é proibido o seu uso em circos.



"O que os olhos não veem, o coração não sente", então tudo era só festa e alegria!
Dentro do circo, as cadeirinhas de madeira numeradas e os vendedores ambulantes passavam  vendendo amendoim com casca, cuja porção era colocada em um cone de papel, pipocas e algodão doce,



Que delícia assistir áquele espetáculo cheio de luzes e coloridos e visualizar aspectos raros em nossa vivência interiorana, como chipanzés, elefantes, leões e trapezistas, em uma época em que a televisão ainda  era um raro privilégio de alguns.





A paisagem circence, consistia em um grande lona enfeitada ás vezes com bandeirnhas, cordas esticadas e amarradas á estacas no chão de terra batida, coberto de palha de arroz. Ao redor, avistávamos o rio S Domingos e a emocionante (para a época) Roda Gigante do Parque das Américas.

Um circo é comumente uma companhia itinerante que reúne artistas de diferentes especialidades. Palhaço, acrobacia, monociclo, contorcionismo, equilibrismo, ilusionismo, entre outros. A palavra também descreve o tipo de apresentação feita por esses artistas, normalmente uma série de atos coreografados à músicas.


O circo no Brasil

A história do circo no Brasil começa no século XIX, com famílias e companhias vindas da Europa, onde agruparam-se em guetos e manifestavam sentimentos diversos através de interpretações teatrais onde não demonstravam apenas interesses individuais e sim despertavam consciência mútua.




No Brasil, mesmo antes do circo de Astley, já havia os ciganos que vieram da Europa, onde eram perseguidos. Sempre houve ligação dos ciganos com o circo. Entre suas especialidades incluíam-se a domadores de ursos, o ilusionismo e as exibições com cavalos. Eles viajavam de cidade em cidade, e adaptavam seus espetáculos ao gosto da população local. Números que não faziam sucesso na cidade eram tirados do programa.



No Brasil, houve a apresentação do Circo Hatary, uma empresa de Walter Bartholo (há sua mídia em cartão telefônico da Telebrás)... Talvez, o mais conhecido tenha sido o Circo Garcia... Abaixo, leque perfeito de papelão original, década de 50, bem conservado, com propaganda do circo: “Garcia – O Rei do Circo”!
O Circo Garcia, acabou, mas fica para sempre na memória de todos nós!

Palhaço Arrelia

 Arrelia, (Jaguariaíva, 31 de dezembro de 1905 — 23 de maio de 2005) foi um ator, humorista e palhaço brasileiro.
O palhaço Arrelia tornou-se um mito das crianças paulistanas. As matinês do circo e posteriormente o "Cirquinho do Arrelia" da TV Record (de 1955 a 1966) fizeram parte do cotidiano da família paulistana. Ele deixou como marca registrada nessa cidade o popular refrão "COMO VAI, COMO VAI, COMO VAI? EU VOU BEM, MUITO BEM... BEM... BEM!".
Waldemar Seyssel, o famoso palhaço Arrelia, veio de uma família que se confunde com a história do circo no Brasil. Ele começou a atuar com seis meses de idade, no circo chileno de seu tio, irmão de sua mãe.


Sua família começou a se dedicar ao circo a partir do avô paterno – Julio Seyssel, que nasceu e vivia na França. Era professor da Sorbonne, quando conheceu uma jovem espanhola, artista de um circo que excursionava pelo o país. Fazia acrobacias em cima do cavalo e Júlio apaixonou-se por ela.
Sua família não queria o casamento, mas os dois resolveram se casar mesmo assim. Júlio deixou o cargo de professor e foi morar no circo. Tornou-se apresentador de números circenses. O casal acabou vindo para o Brasil com o Grande Circo inglês dos Irmãos Charles e ao invés de prosseguir com a excursão para outros paises, ficou por aqui mesmo, dando origem a uma linguagem circense: filhos e netos, dedicados a arte circense. Arrelia tem mais cinco irmãos que foram do circo. O palhaço Pimentinha, Walter Seyssel é filho de Paulo Seyssel, o palhaço Aleluia, irmão de Arrelia.
Depois de longos anos de trabalho dentro do circo, ele resolveu trocar o picadeiro pela televisão. Foi o primeiro da sua família a abandonar o circo pois falava que o circo não dava dinheiro suficiente para viver. Em 1958, foi a vez de seus irmãos entrarem na TV e foram trabalhar com ele na TV Record.
Waldemar Seyssel começou em circo, saltando, passando depois pelo trapézio, pela cama elástica e em outras acrobacias, com seus dois irmãos, Henrique e Paulo. Mas quando o pai cansado deixou o circo, substituiu o nome artístico, usando o apelido de família que seu tio Henrique lhe dera: Arrelia. Seu primeiro parceiro foi o ator Feliz Batista, que fazia o palhaço de cara branca, vindo depois o irmão Henrique Sobrinho e finalmente, quando deixou o circo, em 1953, pela televisão, outro parceiro foi o palhaço Pimentinha, seu sobrinho.
Waldemar Seyssel. Arrelia e o Circo. São Paulo: melhoramentos. 1977

O palhaço Carequinha é da família Savala. Os Olimecha nos deram Gugu Olimecha, que, nos passos de Arrelia e Carequinha, levou a pantomima circense para a televisão. E o espetáculo continua. (Wikpédia)


Imagens de circo antigo




Várias imagens de artistas de circos antigos, algumas sinceramente nao sei a data, mas a maioria é dos anos 60.
Fiz este video para um trabalho, seria desaforo nao postar! hahaha
As imagens não são minhas, o vídeo é.
Infelizmente não sei o nome de nenhum deles, com exceção de Oleg Popov - palhaço soviético que aparece duas vezes (com um cachorrinho e sozinho)
Youtube

E para finalizar, a música "Sonhos de um palhaço", de Antonio Marcos e Sérgio Sá, interpretado por Vanusa.



Veja tambem a postagem especial sobre o Palhaço Arrelia:

http://clubedosentasdecatanduva.blogspot.com/2011/02/palhaco-arrelia-catanduva.html

6 comentários:

Valeria disse...

tenho gostosas lembranças desta época;
qdo o circo chegava na cidade,
ah!...chegou a alegria!!
adoro...
linda esta musica!

Márcia Rodondo disse...

Amei a postagem, sou apaixonada por circos. Gosto mais ainda de circos simples, a gente participa mais do espetáculo, só que fico com medo que acabem, pois deve estar sendo muito difícil manter um circo hoje em dia.

Palhaço Pardal disse...

Parabens ..... gostei muito da matéria especialmente quando fala do grande Arrelia...

Mariangela Candido disse...

Obrigada amigo! É com imensa satisfação que li seu comentário! Como você conhece bastante o ambiente dos circos, caso tenha algo a acrescentar nesta postagem, terei a maior satisfação em postar! Agradeço sua visita e espero que apareça por aqui mais vezes! um grande e fraterno abraço!

Mariangela Candido disse...

Ah...em tempo, neste Blog tem uma postagem especial sobre o Palhaço Arrelia. Veja o link:

http://clubedosentasdecatanduva.blogspot.com/2011/02/palhaco-arrelia-catanduva.html

Unknown disse...

Adoro circo! Gostaria muito de ter notícias sobre os artistas de um circo que passou por aqui, o nome do circo era circo teatro show. Além do espetáculo com palhaços, ribeiras, trapezistas, na segunda parte, após um breve o tervako, eles fazia a apresentação de uma peça teatral. Era uma familia! O nome do proprietário era Jorge e tinha uns filhos, Margareth, Marcelo e Marcos. Os pais, fazia uma dupla chamada: Mari e Marilda. Se alguém tiver notícias dessa família, eu gostaria muito reencontra_los!